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O que Procura?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

-Da um nome e some

A guerra entre a tinta e o papel se fez num desenho no ar e incolor 

Procurando no infinito como se a realidade fosse um alfinete na escuridão 

Até que pudesse ver um ponto ou uma ponte que me levasse lá onde eu saberia

Ou que eu conhecia só por nome me ansiava e me destruía sem mesmo existir 
No momento esperado agora nunca chegava, nem mesmo surgia em outra esquina 
E foi com um pincel que descobri um sonho minha maior realidade
Algumas curvas e cores que foi se surgindo um mundo onde tudo era um raro nobre 
Um espaço no momento talvez, ou para a vida inteira, quem ousaria dizer 
Se construindo num leve rabiscar apagando o que lá tinha de lombadas e sinais fechados 
De modo que fiz do papel meu alimento, minhas tintas o meu suco e licor 
Compreendo até que ponto da ponte eu teria que parar e me jogar
E até antes de cair descobriria porque Deus não nos deu asas e tirou nossos pés 
O sol foi se abrindo junto de um sorriso fabricado e doado as pessoas 
Vendido e vencido como um jornal de ontem de tanto justificar a falta de tempo 
Pensa que estou descomposto? Meu tempo é de hoje, de agora imprimido 
Minha caminhada tem direção, mas nunca preciso usar setas nem buzina 
O que vale mais que um sorriso hoje é vendido em todas as esquinas.

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